Às vezes, somos guiados cegamente pelo nosso ego. O famoso
“Quem você pensa que é pra falar assim, assim e assado?”, “Porque eu
sou...!”, “Porque eu faço...!”, “Por que você está errado...!”, “Porque você me
prejudicou!”, “Porque você deveria ter agido assim!” e outros discursos que
você já deve ter escutado, falado ou pensado.
Em determinadas situações, até podemos estar com a razão,
mas e quando não estamos? E quando deixamos nosso ego falar por nós? Até que
ponto é responsabilidade do outro? E é responsabilidade do outro mesmo? Será que não estou colocando a culpa em
outra pessoa, por que, na verdade, eu é que não quero assumir? Será que não
estou me apropriando do papel de vítima, já que as vítimas são sempre as
injustiçadas? Como será que anda o nosso umbigo, bem, obrigado?!
Pois é, é tão confortável e cômodo sentir-se seguro, ser
dono da situação e ter o que se quer ao seu alcance, mas quando somos
desafiados a sair da nossa zona de conforto, quando precisamos colocar o pé pra
fora da linha que estabelecemos, pronto! A culpa é sempre do outro. E por quê?
Porque é bem aquela história: “Eu estava bem, tranquilo no meu canto, fazendo
minhas coisas, na minha “zona de conforto” e aí fulano aparece, obrigando-me a fazer algo a respeito. A culpa é de
fulano, é claro!”.
Ops! Quantas vezes seguimos essa linha de raciocínio?!
Embora seja mais fácil jogar a responsabilidade no outro, vestirmos a roupa
clássica da vítima injustiçada só servirá para enganar a nós mesmos (e olha que fazemos isso muito bem!), além de
atarmos as nossas próprias mãos, propositalmente. E é isso o que queremos? Posicionarmo-nos como
vítimas das circunstâncias, que só reclamam, apontam para o outro e nada podem
fazer?
Preste atenção com o que anda acontecendo com você.
Atente-se como você tem agido diante dos “imprevistos”. Note seu comportamento
com as pessoas. Verifique se realmente não há nada que possa ser feito. Será
que é culpa do outro mesmo? Será que não é responsabilidade sua? Seja honesto
consigo, sem dó, sem amenizações, sem passar a mão na própria cabeça. Analise
friamente com muita sensatez e discernimento.
É difícil, mas é muito importante, porque quando abandonamos
a posição de vítima e adotamos uma postura mais ativa, percebemos o quanto que nos
enganamos, que somos injustos com os outros e o melhor: que podemos fazer algo! E isso é incrivelmente libertador!
Além disso, passamos a ser o protagonista da nossa vida,
quem escolhe o que quer e o que não quer, o que acolher e o que abandonar, o
que gosta e o que não gosta, o que aceita e o que não aceita, o que faz, porque
acha certo e o que não faz, porque não acha certo, o que vai, porque quer e o
que não vai, porque não quer, ou seja, assumimos e nos assumimos com maior maturidade, honestidade, responsabilidade e segurança. É tomar as rédeas da nossa própria vida... Pense nisso...
Um forte e carinhoso abraço...
(Karen Igari)
![]() |
Foto tirada em Atibaia, em 02/2016. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique à vontade para deixar seu comentário!