Exercitar a gratidão a todo instante é importantíssimo. Seja
para agradecer por um sonho realizado ou por ter ficado feliz ao ver um
filhote de cachorro, não importa. Ser grato é ser grato. Não há mistérios,
não há regras, não há concessões. É ser grato por aquilo que fez sua alma
saltitar ou entrar num estado de paz, mesmo que por um breve momento.
Então, por que temos tanta dificuldade em sermos gratos?
Bom, a resposta já foi dada no comecinho da nossa conversa: porque é preciso
“exercitar a gratidão”. Somos seres pensantes, movidos e bloqueados por nossas
emoções, com um ego estufado e com uma bagagem de hábitos, costumes, vícios e
crenças. E tudo isso influencia no modo como enxergamos e julgamos as coisas. Inclusive,
como damos valor ao que mereceria um mínimo de gratidão, mas que nem sempre é o
que acontece...
É difícil sermos gratos por estarmos bem agasalhados e
quentinhos, naquele dia superfrio, quando, simultaneamente, estamos brigados com
alguém. É difícil sermos gratos por nossa saúde, quando temos um machucadinho
que incomoda. É difícil sermos gratos por uma ajuda oferecida, quando nosso
orgulho fica ofendido. É difícil sermos gratos com aquela ajudinha nas tarefas, quando não foram feitas da maneira como estamos habituados. É difícil sermos gratos pelos momentos de descontração,
quando estamos passando por apertos financeiros. É difícil sermos gratos pelo
acolhimento das pessoas que amamos, quando somos controlados pelas preocupações
com o trabalho. É difícil sermos gratos pelo céu azul, quando estamos presos no
trânsito...
E essa dificuldade em sermos gratos não significa que somos
necessariamente ingratos, mas que voltamos toda nossa atenção e energia para o
que não aconteceu, ou que não saiu conforme o planejado, ou que não gostamos do
que aconteceu. E aí?! E aí que ficamos no automático. Tudo passa despercebido
(inclusive, as oportunidades!); esse tudo perde a cor, o cheiro, o som, o
sabor, o tato, a emoção, o significado.
Por isso, quando investimos toda nossa energia em algo que
não nos agrada e ficamos dispersos às bênçãos recebidas é o mesmo que ter um
jardim enorme e rico, e observar apenas as ervas daninhas.
É por essa razão que é preciso exercitar a gratidão. É
natural o surgimento de ervas daninhas na nossa vida, que tiram nosso
sono, que nos deixam estressados ou tristes, que nos desnorteiam, mas é necessário compreender que essas ervas não precisam ser o protagonista do nosso dia. Afinal, ainda há muita beleza e muito encanto no nosso jardim.
Nem sempre estaremos satisfeitos com tudo, mas sempre teremos motivos para sermos gratos. E é aí que entra o exercitar a gratidão. Eu sei, eu sei, é difícil ser grato... Mas agora com essa conversa, quem sabe passamos a ajustar melhor o nosso foco?! Quem sabe começamos a enxergar que temos verdadeiras e frequentes razões
para sermos gratos todos os dias?! Não custa tentar! E lembre-se: um pouco mais de
gratidão vai fazer bem a você e às pessoas que o rodeia, além de ajudá-lo a reconhecer e
propagar o bem e o bom. Pense nisso...
Um forte e fraterno abraço...
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