Crédito das fotos: Karen R. Igari

Crédito das fotos: Karen R. Igari

domingo, 18 de novembro de 2018

Até quanto estamos dispostos a pagar?

Quem não gosta de ser admirado, respeitado, elogiado? Pois é, o ego adora essas coisas! A autoestima vai lá pra cima, a coragem aumenta, a arrogância, por vezes, dá até o ar da graça com mais frequência... Mas, como tudo tem consequência, ser o alvo de admiração de alguém (e gostar disso) implica numa série de imposições, entre elas, agir como os outros esperam que você aja! 

E aí vem a pergunta que não quer calar: estamos realmente dispostos a pagar esse preço tão alto, de andar pisando em ovos, de tomar decisões baseadas somente no que as pessoas irão apoiar ou concordar, adotar uma postura já esperada, justamente, para não decepcionar àqueles que criaram uma expectativa sobre você? Na minha opinião, é um preço alto demais...

Já arquei, aliás, inúmeras vezes, com essa dívida sem fim, em fazer o que esperavam que eu fizesse somente para receber o elogio, o agrado e a atenção do tipo "boa menina, sabia que você conseguiria, faria, cumpriria, agiria... Sabia que você não me DECEPCIONARIA".

A decepção é inevitável. Sempre haverá aquela circunstância em que agiremos de um modo que não será visto com bons olhos, que não será o comportamento considerado como "adequado". Sempre haverá o momento em que seremos julgados e sentenciados como culpados, mas por seres humanos que também se enganam, que erram, que criam expectativas e ficam frustradas quando tudo não ocorre como esperado ou planejado, que exigem a perfeição e destreza do outro, mas que mal conseguem olhar para os próprios erros e tropeços.

Hoje, eu não quero mais pagar por nada disso. Não vale a pena. Não estou disposta a pagar pelas loucuras e obsessões alheias, muito menos, pelas expectativas que colocam sobre mim. Se colocam, isso já não é problema meu, ou melhor, não é responsabilidade minha. Não entro mais nesse joguinho doido de "faça isso, que te dou aquilo" ou, para ser mais clara, "faça o que eu espero que você faça, que em troca, você terá minha admiração". De novo: não vale a pena. É um peso que eu não quero mais carregar, aliás, é uma dívida que não me pertence. Pense nisso...


Um forte e caloroso abraço,

Karen Igari 






quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Somos únicos

Cada um tem seu momento: um dia, você acha que aquela é a sua verdade, enquanto que para outros, é um enorme engano. No outro, você começa a mudar o seu olhar, e, o que para alguns estava fora de cogitação, agora começa a fazer certo sentido. 
E sabe qual é o grande "problema" de tudo isso? Dessa divergência de pontos de vista, de percepções em momentos distintos? É você começar a duvidar de si mesmo, das suas intuições e conclusões, buscando se convencer de que os outros talvez estejam certos e que o errado da história seja você. E nessa saga mental e emocional, que chega a ser cruelmente desgastante, tortuosa e confusa, a gente se perde de nós mesmos, ficando completamente fora do nosso eixo. Até o tempo passar, a vida fluir, as coisas se assentarem, a maturidade criar mais corpo e descobrirmos o que, na verdade, já sabíamos lá dentro: o certo é certo pra mim e não importa que não seja para o outro. O bom é bom pra mim e não há problema algum que o outro não acolha. O melhor é o melhor pra mim e está tudo bem se para o outro não seja a mesma opção. Porque cada um de nós somos singulares, somos complexos, somos tortos, somos especiais, somos ÚNICOS.



Um forte e afetuoso abraço... 

Karen Igari.



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

"Viver não é fácil"

Nossa, como é desafiador sermos nós mesmos, quando nem ao menos sabemos quem somos realmente. Uma hora gostamos e concordamos, na outra, nos irritamos e questionamos, mas sabe, acho que foi isso que Raul Seixas quis dizer  na música, "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante". 

Quando penso que consolidei os meus ideais, a minha visão, os meus achismos, amanhã mudo tudo de novo! E o que, até então, fazia todo sentido começa a ser totalmente desconstruído, ganhando uma nova cara, um novo jeito, um outro valor.

Haja saúde mental e emocional pra lidar com todo esse revertério interno que faz tanta revolução! Que tira do lugar, que quebra, que conserta, que joga fora, que recupera, que derruba, que levanta, que entristece, que energiza, que sacode, que tranquiliza, que faz sairmos do ponto de onde estamos para irmos a um lugar que, muitas vezes, desconhecemos (ou tememos), ou, então, que nos faz darmos voltas e mais voltas, para retornarmos ao mesmo ponto de partida, mas sempre diferentes internamente. 

E eu acho que essa é que é a pegada: chacoalhar as coisas que estão dentro da gente, porque somente assim é que elas tomam as suas devidas posições, têm a sua importância reconhecida, mas tudo com um único propósito: nos ajudar a ajustar nosso olhar para a vida, para nós mesmos e, assim, vivermos e sermos melhores a cada dia. Pense nisso...



Um forte abraço, Karen Igari.


Foto particular- KRI





sábado, 28 de julho de 2018

"A minha relação com o respeito"

A mais comum e habitual é a pregação "respeite o próximo". E é sempre assim: seja educado com o próximo, seja gentil com o próximo, tenha paciência com o próximo, entenda o próximo, ajude o próximo... Mas e eu, o comigo, o em mim, o para mim? O que estou querendo dizer é onde se encaixa o respeito quando se trata de nós mesmos?

Há um tempo venho pensando sobre essa questão de olhar para o outro, sendo que nem conseguimos nos enxergar direito ou, ainda, não nos permitimos ser quem realmente somos.

É tão enfatizada a importância do respeito, que nem nos damos conta de que essa palavrinha tão cheia de expressão e poder precisa começar de mim comigo mesma. Se eu me forço a ir a algum lugar que não quero, não por medo, insegurança ou preconceito, mas porque simplesmente não estou com vontade, é agir de forma desrespeitosa comigo mesma. Se eu me obrigo a estar ou conviver com pessoas que não tenho conexão e prazer com elas, estou pisando no respeito por mim mesma. Se eu aceito uma situação que não condiz com minha alma, com a minha essência, estou me desrespeitando. Se eu não estabeleço limites aos outros, permitindo que sejam invasivos, sufocantes e opressivos, estou, nada mais, nada menos, do que sendo deslealmente e covardemente desrespeitosa comigo mesma.

É por isso que é importante compreender e colocar em prática que o respeito começa de dentro de mim comigo mesma, para, a partir de então, exalá-lo naquilo que falo, penso, imponho, defendo, aceito, nego e faço. O problema é que não é assim tão fácil, mas vale a pena tentar sempre. Para isso, algumas respirações bem profundas podem ajudar a ganhar um fôlego e, até mesmo, uma dose de coragem. 

É preciso se respeitar, é necessário se ouvir mais, é gratificante e leve poder ser quem realmente somos, porque, mais do que merecimento, é um direito que todos nós temos.



Um forte e caloroso abraço,

Karen Igari.

Foto particular - KRI