Crédito das fotos: Karen R. Igari

Crédito das fotos: Karen R. Igari

sábado, 28 de julho de 2018

"A minha relação com o respeito"

A mais comum e habitual é a pregação "respeite o próximo". E é sempre assim: seja educado com o próximo, seja gentil com o próximo, tenha paciência com o próximo, entenda o próximo, ajude o próximo... Mas e eu, o comigo, o em mim, o para mim? O que estou querendo dizer é onde se encaixa o respeito quando se trata de nós mesmos?

Há um tempo venho pensando sobre essa questão de olhar para o outro, sendo que nem conseguimos nos enxergar direito ou, ainda, não nos permitimos ser quem realmente somos.

É tão enfatizada a importância do respeito, que nem nos damos conta de que essa palavrinha tão cheia de expressão e poder precisa começar de mim comigo mesma. Se eu me forço a ir a algum lugar que não quero, não por medo, insegurança ou preconceito, mas porque simplesmente não estou com vontade, é agir de forma desrespeitosa comigo mesma. Se eu me obrigo a estar ou conviver com pessoas que não tenho conexão e prazer com elas, estou pisando no respeito por mim mesma. Se eu aceito uma situação que não condiz com minha alma, com a minha essência, estou me desrespeitando. Se eu não estabeleço limites aos outros, permitindo que sejam invasivos, sufocantes e opressivos, estou, nada mais, nada menos, do que sendo deslealmente e covardemente desrespeitosa comigo mesma.

É por isso que é importante compreender e colocar em prática que o respeito começa de dentro de mim comigo mesma, para, a partir de então, exalá-lo naquilo que falo, penso, imponho, defendo, aceito, nego e faço. O problema é que não é assim tão fácil, mas vale a pena tentar sempre. Para isso, algumas respirações bem profundas podem ajudar a ganhar um fôlego e, até mesmo, uma dose de coragem. 

É preciso se respeitar, é necessário se ouvir mais, é gratificante e leve poder ser quem realmente somos, porque, mais do que merecimento, é um direito que todos nós temos.



Um forte e caloroso abraço,

Karen Igari.

Foto particular - KRI